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Hipnose Ericksoniana

Atualizado: 3 de out. de 2021

Quando falamos de hipnose, importa esclarecer que existem vários tipos de hipnose e que há uma clara diferença entre a hipnose clássica e a hipnose naturalista ou ericksoniana.


A hipnose clássica surge muitas vezes associada à hipnose de palco - usa sugestões diretas, para qualquer pessoa e a finalidade é, na maior parte das vezes, o entretenimento.


Já a hipnose naturalista ou ericksoniana (abordagem usada na Clínica Samaúma) usa-se em contexto clínico/terapêutico, em conjunto e complemento com outros modelos e técnicas psicoterapêuticas, para aumentar a eficácia das intervenções (daí também lhe chamarmos hipnose clínica ou hipnoterapia).


A hipnose naturalista ou ericksoniana não usa sugestões diretas e o terapeuta adapta-se à linguagem, à personalidade, à história e recursos de cada paciente, ou seja, trata-se de uma intervenção individualizada e fenomenológica. M. Erickson, o pai da hipnose naturalista ou ericksoniana, dizia que “a terapia é única para um único cliente, construída para as necessidades e situações daquele sujeito”.


O pai da Hipnose Ericksoniana: Milton H. Erickson (1901-1980)

Aos 17 anos, Milton Erickson teve poliomielite e estava totalmente paralisado. Ficou muito solitário acamado, incapaz de mover qualquer coisa, exceto os olhos. Começou a observar as pessoas e o ambiente. Tinha uma irmã que havia começado a aprender a rastejar e ele observava essa irmã bebé a crescer e a aprender a andar com muita atenção.


Um dia, estava sentado perto da janela, olhando lá para fora, vendo uns meninos que jogavam num campo, imaginando estar lá fora, quando percebeu que a cadeira começou a balançar um pouco. Ele tentou fazer isso acontecer novamente, desejando se mover, mas não conseguiu. Desistiu e afundou-se nos seus devaneios, imaginando-se novamente a jogar lá fora. Nesse momento, a cadeira voltou a balançar outra vez! Aí, ele percebeu que era a sua imaginação vívida a que estava a produzir uma resposta no corpo. Inspirado por essa descoberta, ele aprendeu sozinho a andar, observando a sua irmã, imaginando e acedendo às “memórias do corpo”. Ao concentrar-se nestas memórias e usando visualização, começou a recuperar o controle de partes do seu corpo, chegando a ser capaz de andar.


Na hipnoterapia usamos e aproveitamos o grande poder da imaginação e da visualização; sabendo e reconhecendo que a imaginação e a realidade ativam as mesmas regiões do cérebro e os mesmos caminhos neurais (fazendo libertar a mesma química cerebral), pela via da imaginação e da visualização podemos aceder a memórias, reorganizá-las e reestruturá-las devido à neuroplasticidade do cérebro.


Saiba mais acerca dos mitos e perguntas frequentes da hipnoterapia, AQUI.

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